quinta-feira, 26 de junho de 2014

Você sabe a origem da canção "Parabéns a você?"

De acordo com a imagem acima, que eu tirei da fan page Memrise, essa é a canção inglesa mais conhecida - traduzida para pelo menos 18 línguas. A melodia vem de uma canção chamada "Good morning to all" ("Bom dia a todos"), escrita no final de 1800 por Mildred e Patty Hill para saudar crianças do jardim da infância em Louisville, Kentucky.

Super recomendo que você curta a página da Memrise no Facebook, porque é muito interessante!
https://www.facebook.com/memrise

Source: 
https://www.facebook.com/memrise/photos/a.595530880473616.152371.149149908445051/919684811391553/?type=1&theater

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Uso de "appreciate" (EN).



O verbo appreciate até pode ser apreciar, mas ele também tem vários outros sentidos, frequentemente usados. Confira:

1. Agradecer, ser grato por:
I really appreciate your help.
Eu agradeço muito a sua ajuda.

2. Valorizar ou dar valor a:
I appreciate good manners.
Eu valorizo boas maneiras.

3. Apreciar:
I appreciate good music.
Eu aprecio a boa música.

4. Ter noção de ou dar-se conta de:
People are beginning to appreciate the side effects of this medicine.
As pessoas estão começando a se dar conta dos efeitos colaterais desse medicamento. 


Língua é música - vídeo com considerações

Essa entrevista da CBS 5 Bay Sunday sobre o livro "Língua é música", com a autora Susanna Zaraysky, é muito interessante. 
Confira o vídeo primeiro, depois leia as consideração que deixei sobre o que Susanna diz.

http://www.youtube.com/watch?v=eFpzeGoP-Kg


Susanna fala sobre aprender uma língua estrangeira usando música, mídia e outras atividades simples e fáceis de se fazer em casa. 
Ela fala 7 línguas, já viajou para 50 países diferentes e recomenda um estudo informal bastante produtivo, ou seja através de música, rádio e TV.
A poliglota ainda comenta que temos dois ouvidos e uma boca por uma razão: precisamos ouvir muito, para depois falarmos.
Segundo ela, a ordem adequada para o aprendizado de língua estrangeira é: primeiro devemos nos familiarizar com os sons da língua, ou seja, primeiro temos que ouvir muito a nova língua, para depois começamos a entender ou a aprender as palavras. E então por último partimos para o estudo da gramática.

Essas constatações de Susanna são realmente bem coerentes.
Eu costumo dizer aos meus alunos que uma canção, assim como uma língua estrangeira, quando nunca ouvida antes, pode causar um estranhamento no início. Mas se você a ouve várias vezes, vai se habituando ao seu som, à sua melodia, ao seu significado.
Porém é realmente imprescindível a exposição repetida aos sons da língua. A repetição é a prática que nos leva ao aprimoramento do ouvido. Mas é importante ouvirmos com muita atenção.
Depois de nos acostumarmos com a melodia do novo idioma, assim como com a canção, vamos analisar a letra ou as palavras, o vocabulário novo.
E em um último momento é que faremos uma análise mais profunda de como funciona uma palavra ligada à outra e como estruturar uma frase, assim como fazemos com as notas de uma composição musical. 
Até que depois de um tempo, com toda experiência de aprimorar o ouvido com a repetição, podemos cantar um trecho.
Após o reconhecimento de palavras, nos tornamos aptos a cantar mais um pouco e após a análise de estruturas, nos tornamos capazes de cantar ainda mais, cientes do significado da canção, até que nesse período ainda começamos a compôr canções inteiras.    

Voltando ao vídeo, Susanna fala de um outro aspecto que acredito ser uma dúvida de muitas pessoas. A questão é: precisamos morar em um país para aprender a falar a sua língua?
Susanna responde que não, que ela nunca morou em alguns países, porém fala a língua dos mesmos.
Eu realmente conheço pessoas, professores ou não, que são fluentes em algumas línguas estrangeiras, mesmo sem ter morado nos países de origem das mesmas.
Para se adquirir fluência é necessário tem um envolvimento com a língua, não importa onde, ou seja, não precisa ser necessariamente no país onde ela é falada. 
Mas o fator mais importante na aquisição da língua de forma completa é a dedicação. A pessoa que quer falar um idioma estrangeiro ou se comunicar bem, tem que dedicar horas de sua semana para ter um ótimo desenvolvimento. E essa dedicação deve envolver desde um estudo formal, com um professor que a instrua e avalie as suas competências, até o estudo informal, que a Susanna propõe e que já foi comprovado como eficiente também.
É sempre bom lembrar que o estudo fracionado é muito eficaz nessa organização de horas de estudo. Vale muito mais estudar 20 minutos por dia, todos os dias, do que 2 horas em um dia só da semana.

N vídeo é colocada também a ideia de que a nova língua deve fazer parte do seu dia-a-dia, ou seja, a recomendação é ouvir algo em seu carro, colocar lembretes pela casa, etc
E realmente só adquire excelência em competência linguística quem vive a língua estrangeira nas situações mais diversas de sua vida cotidiana.

Para finalizar, a apresentadora do programa ainda pergunta como Susanna faz para separar as línguas, ou melhor, para não confundir uma língua com a outra.
A resposta também é muito válida, já que Susanna sugere que a pessoa use atividades diferentes ou situações diversas, para que se possa praticar as línguas em ambientes diferentes. 

Website de Susanna:
http://createyourworldbook.com/

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Traduções de placas e menus para a Copa do Mundo, parte 1


É desolador ver a quantidade de absurdos escritos em placas e cardápios no Brasil, com tentativas de tradução do português para o inglês totalmente sem parâmetro ou conhecimento de língua.

Observando a matéria do site da Uol, vou comentar nessa postagem alguns casos e depois vou falar dos outros. Vamos lá, aos poucos, porque são muitos!  

Link da matéria:

http://tecnologia.uol.com.br/album/2014/06/10/chesse-mine-e-bread-with-cold-traducoes.htm#fotoNav=1

1. Queijo Minas:

Sugestão: acredito que Minas cheese seria mais apropriado. Mostra a origem do queijo, e esse é o intuito do nome original.
Problema: usaram o termo mine pensando no substantivo mina, não no nome próprio do estado de Minas Gerais.Além disso, a ordem adjetivo antes de substantivo não foi respeitada.

2. Pão com frios:

Sugestão: Bread with cold cuts pode ser uma boa opção já que cold cuts inclui queijo, presunto, etc
Problema: o termo cold é um adjetivo, sendo assim não tem plural e usado sem nenhum substantivo depois fica sem sentido completo. Fica então uma informação incompleta e inapropriada.

3. Gravatinha ao sugo:

Sugestão: Bow-tie pasta with tomato pepper sauce. Esse é o termo que se usa na língua inglesa para esse prato.
Problema: esse tipo de massa, a gravatinha, tem um nome em inglês, não há motivo para não usá-lo. E o termo sugo se refere ao molho sugo, não ao verbo suck = chupar, sorver. Ou seja, provavelmente o estrangeiro vai se assustar ao ler isso. 

4. Saída:

Sugestão: Exit
Problema: Entrance é exatamente o contrário de exit. Imaginem a confusão que essa placa pode causar a um estrangeiro!

5. Cocô:

Sugestão: Coco =  coconut.
Super problema: Esse caso é ainda mais constrangedor que os anteriores, já que o termo em português já está errado e eu acredito que as pessoas, de forma geral, nem no Brasil, nem no mundo todo queiram comer fezes! O nome da fruta é coco, sem acento circunflexo, gente! 

6. Desembarque X Embarque:

Sugestão: Desembarque é Arrivals e embarque é Boarding.
Problema: o termo embarque também pode ser departure. Setor de embarque = Departure hall.

7. Água com gás, mate e limão:

Sugestões: água com gás é sparkling water; Chá mate é mate tea ou ainda yerba mate tea e limão é lemon.
Problemas: além dos de ortografia, dizer que uma fruta é assassina ou vai matar alguém pode ser assustador.

Se você quiser fazer alguma sugestão, pode deixar seu comentário! É sempre bom analisarmos questões culturais e de uso antes de tomarmos decisões, quando traduzimos algo.

Tradutores eletrônicos e até mesmo dicionários podem não nos oferecer uma escolha adequada, precisa ou realmente utilizada pelos falantes da língua alvo.
Traduzir pressupõe pesquisa!
Até mais, pessoal!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Vantagens de viajar sabendo o idioma local

 
Viajar sem saber o idioma local pode ser um tanto arriscado.
Caso o turista não saiba nada no idioma do país que está visitando, ele pode passar por situações constrangedoras ou ainda até correr algum risco.
Nunca se sabe exatamente o que pode acontecer no local. Não entender uma placa ou um aviso, não entender nada do que está escrito em um cardápio e cometer gafes devido ao não entendimento do que foi falado são algumas situações corriqueiras que um turista passa por não ter conhecimento da língua e cultura locais.
O turista brasileiro, por exemplo, julga muitas vezes que irá se dar muito bem falando apenas a sua língua, quando vai viajar para países de língua espanhola, pela proximidade das duas línguas. Mas essa crença pode ser ilusória também. Conheço brasileiros que tenham ido ou passado pela Espanha, por exemplo, e não obtiveram muito sucesso com suas tentativas de portunhol. O mesmo em outros países de língua espanhola.
Porque mesmo que duas línguas tenham a mesma origem, como o português e o espanhol, elas podem ter também alguns fatores que dificultam a compreensão das mesmas, como falsos cognatos, grandes diferenças de pronúncia de vogais, consoantes ou até mesmo de palavras inteiras.
A língua italiana se assemelha muto à língua portuguesa, tendo origem latina, mas os italianos têm uma pronúncia bastante particular, rápida e podem não ser muito pacientes quando não se entende nada do que eles dizem. Alguns brasileiros me relataram casos de certo estresse ao lidar com alguns italianos que não falavam inglês (nem todos falam e alguns falam muito mal).
A língua francesa tem grande parte origem no latim também, mas sofreu várias influências, passando a não se assemelhar mais à língua portuguesa nem na ortografia, tampouco na pronúncia, salvo casos de empréstimos que portugueses fizeram do francês e que nós então herdamos, como bombom, chef, petit gateau, etc.
No caso de línguas de outras origens ou ainda as que são menos parecidas ainda com a língua portuguesa, como a língua inglesa, a japonesa e a chinesa, vale lembrar que tentativa nenhuma de tentar entender, relacionando ao português, é válida, salvo alguns casos de cognatos do inglês. Mas esses cognatos podem ser facilmente identificados quando lidos, não quando falados.
No mínimo, o turista deve viajar com uma certa bagagem da língua inglesa, por ser universalmente falada.
Na minha experiência, posso concluir então que ao viajar sabendo falar a língua local, percebi:
- Melhor atendimento e muita gentileza da parte dos nativos:
Aconteceu comigo casos de nativos que além de me informarem gentilmente a localização de lugares que perguntei, fizeram questão de me levar até o local em Los Angeles, ganhei conexão ilimitada de internet  e um adaptador de tomada extra em um hotel em Nova York, entre outras gentilezas que costumam ser feitas porque os nativos de um país gostam de lidar com turistas que falam a língua deles. É muito mais agradável e a comunicação, muito mais eficiente.

- Melhor aproveitamento da viagem:
Como é bom sentar-se tranquilamente em um restaurante e fazer o seu pedido, ou ainda fazer umas comprinhas sem qualquer problema! E participar de eventos do local então! É uma delícia! A segunda foto dessa postagem é de um evento que participei me N. Y., da Colgate. Teve uma série de premiações de tablets, camisetas, câmeras! Mas claro, só participava quem entendia as regras.

- Menos riscos:
Como disse anteriormente, pode ser arriscado não entender o que acontece exatamente em um lugar, principalmente em um outro país. Sei de brasileiros que foram multados ou ainda quase foram para na cadeia por problema de comunicação. Se um guarda te alertar sobre algo, você tem que saber do que se trata.
Situações de alerta ou de repreensão podem acontecer e em outros países não há o famoso 'jeitinho' ou chorinho, ou qualquer outro tipo de tentativa de escapatória.

Planejar uma viagem internacional inclui preparar-se em todos os sentidos, para que nada estrague a sua experiência, que pode ser maravilhosa!
Mas se você estiver sem tempo pra se preparar nesse sentido, estudando a língua e a cultura do país estrangeiro que vai visitar, não corra riscos, contrate um intérprete.