O filme é do autor do e pesquisador americano Benjamin Moser, que de acordo com o jornal O globo, pesquisou por cinco anos a vida de Clarice e fez uma biografia completa sobre a escritora.
O convite teria sido muito bem recebido por Streep, que se disse fã da autora.
E por falar em fã, como eu sou fã da Clarice, deixo aqui alguns de seus intrigantes e profundos pensamentos:
"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."(Perto do Coração Selvagem)
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."
"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam." (A Hora da Estrela)
"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."
"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito."
"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras."
"Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdoo logo."
"Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre."
"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."
"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar."
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